A natação brasileira bateu um recorde negativo histórico nas Olimpíadas de Paris. A equipe do Brasil não subiu ao pódio nenhuma vez e teve o pior desempenho olímpico dos últimos 36 anos.
É a terceira vez desde os Jogos de Seul, em 1988, que o país também não fatura medalhas no esporte. As outras duas foram em Atenas 2004 e Rio 2016. Porém, em 2024, os brasileiros disputaram apenas quatro finais, número menor que as cinco decisões de Atenas e as oito do Rio (veja as estatísticas completas no fim da matéria). Só ficou acima de Seul, quando participou de uma única final.
A delegação brasileira da natação em Paris foi a menor dos últimos 24 anos, desde Sydney 2000. Foram 18 nadadores, no resultado da entressafra que a natação masculina vive, somada à falta de nadadoras classificadas nas provas de borboleta, costas, peito e medley.
O Brasil disputou apenas sete das 14 provas individuais masculina nas Olimpíadas de Paris: os 50m, 100m, 200m, 400m e 800m livre, além dos 100m e 200m borboleta. O país não teve representantes nas provas individuais, nos nados costas e peito, nem no medley. Como comparação, em Tóquio, os homens ficaram fora de apenas três provas.
A melhor participação brasileira nos Jogos de Paris foi a quinta posição de Guilherme Costa, o Cachorrão, nos 400m livre masculino. O Brasil ficou em 7° lugar nas três outras finais: o revezamento 4x200m livre feminino, os 1.500m livre feminino com Beatriz Dizotti, além de Mafê Costa nos 400m livre feminino.
Desde Seul, em 1988, a natação rendeu 11 medalhas ao Brasil. Os recordistas foram Gustavo Borges com quatro (duas de prata e duas de bronze), César Cielo com três (uma de ouro e duas de bronze) e Fernando Sherer com duas medalhas de bronze. Thiago Pereira, Edvaldo Valério, Carlos Jayme, Fernando Scheffer e Bruno Fratus ganharam uma cada, seja no individual ou no revezamento.
Antes de Seul, foram quatro medalhas brasileiras na natação: Tetsuo Okamoto em Helsinque 1952, Manoel dos Santos em Roma 1960, Ricardo Prado em Los Angeles 1984, além do quarteto do revezamento em Moscou 1980, com Ciro Delgado, Djan Madruga, Marcus Mattioli e Jorge Fernandes.