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Filipe Luís assume o Flamengo: "Sei que alguns jogadores vão ficar bravos comigo"

O Flamengo apresentou neste terça-feira seu novo técnico do time profissional, Filipe Luís. Depois de comandar as categorias Sub-17 e Sub-20 do clube ao longo de 2024, ele foi escolhido para substituir Tite, na condição de técnico efetivo, com contrato até dezembro de 2025.

Um dos pontos positivos ressaltados pelo presidente Rodolfo Landim na apresentação foi a proximidade de Filipe Luís com o elenco. Ele foi lateral do time rubro-negro entre 2019 e 2023. Ao todo, treinou com 21 jogadores.

— Tem os prós e contras. O pró é que conheço esse grupo como ninguém, eu sei das lideranças e o que acontece. Eu estava presente nesse grupo há cinco anos. Acho que só chegaram três ou quatro jogadores depois que me aposentei, eu conheço todos eles. E eu sei que vou tomar decisões que vão incomodar alguns jogadores e que alguns deles vão ficar bravos comigo, mas não é com o Filipe Luís pessoa, é com o Filipe Luís treinador. É importante separar — disse.

Uma das missões de Filipe Luís será tentar recuperar o bom futebol do time que, nesta reta final da temporada, apresenta uma queda de rendimento, que culminou na desclassificação da Libertadores e no distanciamento para os líderes do Brasileirão.

Essa melhora do grupo pode passar pela recuperação de um amigo de longa data do novo técnico, o atacante Gabigol, que vive momento de baixa.

— Eu sei da capacidade que tem o Gabriel, não importa o tempo de contrato, se são dois meses, dois anos ou cinco anos. Eu vou dar a vida por ele e por todos os jogadores para melhorar individualmente para que joguem coletivamente organizados. Que eles sejam peças dessa engrenagem, que façam a equipe funcionar — comentou.

— E eu vou fazer de tudo que está ao meu alcance para recuperar o melhor nível dele, o alto nível dele e o alto rendimento que ele tem e que já teve. E, assim que ele começar a falar no campo e começar a ser o Gabriel que eu conheci, com certeza ele irá recuperar os minutos de que ele precisa para poder ter uma sequência e desempenhar o melhor futebol dele — completou.

O tempo para pôr em prática seus conceitos e planos será curto. Filipe Luís terá nesta quarta-feira a responsabilidade de levar ao Maracanã um Flamengo competitivo para enfrentar o Corinthians no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. O sucesso na competição pode salvar o ano cheio de tropeços do clube da Gávea.

Apresentação de Filipe Luis como tecnico do Flamengo — Foto: Reprodução/ge

Apresentação de Filipe Luis como tecnico do Flamengo — Foto: Reprodução/ge

Agora o técnico tenta otimizar seu tempo. Desde que acertou a ida ao profissional, na manhã de segunda-feira, ele começou a estudar intensamente o adversário de quarta para manter o time no páreo.

— Realmente é pouco tempo em apenas dois treinos, mas vou fazer alguns ajustes necessários nessa equipe e, pouco a pouco, implementar o meu modelo de jogo. Quero que seja um time muito incômodo para o adversário, que saiba competir em todas as fases do jogo, e que seja um time compacto. Espero poder ver isso nesse jogo, mas a gente sabe que joga contra um adversário que está numa crescente e que vem para incomodar.

Filipe Luís fez parte do elenco rubro-negro entre 2019 e 2023. E já treinou com 21 jogadores do atual plantel: Matheus Cunha, Rossi, Léo Pereira, David Luiz, Cleiton, Fabrício Bruno, Varela, Wesley, Ayrton Lucas, Erick Pulgar, Gerson, Allan, Matheus Gonçalves, Lorran, Arrascaeta, Gabigol, Bruno Henrique, Michael, Pedro, Cebolinha e Luiz Araújo.

O treinador assume a equipe principal com três auxiliares técnicos: Ivan Palanco, Márcio Torres e Daniel Alegria. Além deles, o preparador físico Diogo Linhares também formará a comissão técnica. Ivan, Márcio e Diogo trabalharam com o técnico no sub-20, e Daniel somente no sub-17.

Veja outras respostas de Filipe Luís:

 

Apoio

- Agradecer o carinho, sei que a expectativa é muito alta. E eu gostaria muito que a comunhão exista durante o jogo. Eu vi essa torcida ganhar jogo para a gente, eu senti essa energia. A gente precisa recuperar isso, que o estádio não esteja dividido. Que essa torcida esteja sempre animando o nosso time. Trabalho não vai faltar. Tanto eu quanto todos os jogadores vamos continuar dando a vida em campo para convencê-los em campo de que eles devam apoiar a gente.

Camisa de Filipe Luís no Flamengo — Foto: ge

Camisa de Filipe Luís no Flamengo — Foto: ge

Relação com o time

- Não vou ter especial cuidado por algum deles, obviamente que todos são diferentes, todos merecem serem tratados de forma diferente, mas sempre colocando o Flamengo e a equipe em primeiro lugar. São esses valores com os quais me guio para não confundir nunca amizade com profissionalismo.

Mais sobre Gabigol

- Eu vou estar para ajudar o Gabriel, mas não estou aqui só para melhorar o Gabriel. Estou aqui para melhorar a equipe. Vou tentar melhorar Gabriel, Bruno Henrique, Carlinhos e quem estiver no gramado em determinado jogo. Vou dar todas as instruções, que é a única forma que tenho de respeitar a todos.

Como melhorar um Flamengo que tocava muito para o lado e não finalizava?

- Primeiro quero dizer que eu não quero me comparar com nenhum dos trabalhos anteriores. O que foi feito ficou para trás, e eu quero começar uma nova história, um novo Flamengo com a minha cara. Eu pego um time que não é um caos. Não é um time com jogadores descompromissados, caras que não querem correr.

- Pego um time, sim, que tem organização. Tite deixou muitas coisas boas de herança para esse time. E deixou o time também com uma vitória. Eu pego um time com ajustes que vou fazer sob a meu modelo de jogo, que é fazer o time competir da melhor forma, isso significa: atacar e defender bem à minha maneira. Não é melhorar o que o Tite fez, é fazer da minha forma. São alguns ajustes que precisam de certo tempo, mas que com trabalho e principalmente vídeo, em que a gente não vai ter tempo para treinar, vai tentar corrigir.

Conversou com alguém antes de assumir o Flamengo?

- Assim que saiu a notícia, obviamente recebi muitas mensagens, muitas mensagens muito legais, mas sinceramente peguei o computador, comecei a estudar o nosso time, o Corinthians, e a me dedicar totalmente.

- Recebi mensagens de alguns treinadores, de alguns auxiliares também. Me deixa muito feliz e honrado porque o carinho que eles têm por mim foi porque a gente teve uma vivência muito boa quando trabalhou junto. Esse respeito eu conquistei, mas tem muita mensagem legal.

Inspiração de outros técnicos campeões formados na Gávea?

- Não só eles, mas também todos os treinadores que passaram antes. A exigência aqui é máxima, tem que ganhar. E eu quero, como treinador, fazer uma nova história. Não quero que me comparem com nenhum outro treinador. Eu quero que todo mundo pense daqui para frente. Respeito e fico muito feliz por todos que conquistaram e escreveram seus nomes na história, mas agora quero ver o novo Flamengo, que é o meu Flamengo, o Flamengo do Filipe Luís.

- Respeito, admiro a todos, aprendi com muitos treinadores que trabalharam comigo aqui. Agradeço muito a todos que passaram antes, que fizeram história aqui e que ajudaram o nosso clube a crescer, mas agora é desse ponto para frente.

Simeone disse que vai acompanhar o trabalho dele. Qual a influência do treinador argentino?

- Muito feliz saber que ele falou isso de mim, o admiro muito. Já falei muitas vezes que ele foi o cara que mudou o chip da minha cabeça. Foi ele o grande culpado de eu estar sentado aqui. Nunca me interessei, mas depois que entendi que um treinador era capaz de mudar a vida de uma pessoa, eu falei: "Tenho que ser isso também".

- Sempre fui um cara muito questionador, perguntei muito, aprendi muito, continuo acertando e errando. Nenhuma pessoa cria tudo sozinho, então é importante trocar figurinha com treinadores. Se ele vai nos acompanhar, é um privilégio, mas também o sigo bastante e analiso bastante o time dele, porque com certeza tem muita coisa para aprender ali.

Duelo contra o Corinthians

- Realmente é pouco tempo em apenas dois treinos, mas vou fazer alguns ajustes necessários nessa equipe e, pouco a pouco, implementar o meu modelo de jogo. Quero que seja um time muito incômodo para o adversário, que saiba competir em todas as fases do jogo, e que seja um time compacto. Espero poder ver isso nesse jogo, mas a gente sabe que joga contra um adversário que está numa crescente e que vem para incomodar.

- Desde ontem de manhã venho preparando e estudando ao máximo o Corinthians para fazer um grande jogo e recuperar o carinho da torcida.

Jogo ideal para estrear

- Eu acho o melhor jogo para poder estrear que seja um jogo importante. Um jogo onde tem pressão, peso, uma semifinal. Quando eu jogava, o mais difícil era motivar para um jogo que não tivesse muita transcendência, ou até mesmo numa fase do campeonato em que o time não consegue se motivar tanto.

- Nesse jogo, não é preciso motivar ninguém. Os jogadores estão super motivados, todos querem passar. E, para isso, precisamos fazer um jogo de excelência e tentando ir recuperando a confiança para poder fazer com que os jogadores se sintam confortáveis com a bola, onde eles possam saber perfeitamente onde o companheiro está. E que a qualidade possa se juntar e aparecer cada vez mais nesse modelo de jogo.

Chegada rápida ao profissional

- Nunca pensei em começar diretamente no profissional. Não acredito que a idade traga experiência, mas sim as vivências que você teve. Eu tive muitas vivências no futebol, mas, sim, sou um treinador jovem. Por mais que durante muitos anos eu já pensasse como treinador e conversasse com treinadores, visitando-os na Europa durante as férias, não é a mesma coisa. Eu me preparei muito, mas não é a mesma coisa só se preparar do que vivenciar no campo. Essa passagem pela base era fundamental para conhecer. Montar metodologia de treino, ver realmente se o time conseguiria jogar da maneira que eu sonhava em casa.

- Pouco a pouco eu fui vendo essa evolução, fui me sentindo melhor, mais confortável em campo. Montei uma comissão que eu sempre falo: é importante sempre se cercar de pessoas mais inteligentes do que a gente. Consegui um grupo muito forte na minha comissão, que me ajuda muito, e eu sei delegar muito bem nesse sentido. E a gente montou um método de trabalho para quando chegasse a oportunidade, eu me sentisse o mais seguro e preparado possível.

Sonhos no Flamengo

- Estava ali embaixo, estava perto (risos). Me preparei muito para esse momento aqui e estou muito feliz. Desafio muito importante e, como já falei para todos que trabalham no CT, preciso de todos. Esse desafio pode parecer uma pressão gigantesca, mas para mim é um privilégio poder liderar e guiar o melhor elenco da América até o caminho onde quero leva, em sua primeira declaração pública como técnico do time profissional.

- Meu sonho é ganhar quarta-feira, amanhã contra o Corinthians. Esse é o meu primeiro sonho.

- E, sinceramente, no domingo eu estava preparando o jogo contra o Porto Vitória, pela Copa do Brasil Sub-20. E eu não consigo no futebol, principalmente como treinador, pensar uma semana à frente. Penso jogo a jogo (três vezes), uma coisa que aprendi e que me fez muito bem como jogador.

- Obviamente que o objetivo do Flamengo é sempre lutar por tudo, e eu sei desse peso, não tenho medo e não fujo dessa responsabilidade.

Se eu não fizer jogar, eu sou o culpado

- Com o elenco e os jogadores que tenho ali dentro do vestiário, eu tenho que fazer jogar. E se eu não fizer jogar, obviamente que eu sou o culpado, porque eu sou o maior responsável por esses jogadores. E eu assumo essa responsabilidade com a maior alegria e como o maior privilégio do mundo.

- Então esse é o meu principal objetivo: ganhar, recuperar a confiança, que esses jogadores possam se divertir dentro do campo, que a gente possa juntar essa comunhão com a torcida e que a gente fale em campo para que eles possam animar na arquibancada. Aí não tenho nenhuma dúvida que aí vai sozinho. Esse clube quando a torcida está junta com o time ninguém para.

- Falta de DNA na estrutura do Flamengo talvez tenha atrapalhado?

- Na primeira semana em que eu estava no sub-17 e na base, a gente teve várias reuniões onde se falou muito do DNA rubro-negro e sobre a forma que o clube tem que jogar. É evidente o que a torcida quer: não vale só ganhar, a gente já sabe disso, eu já sei disso.

- A estrutura está aí, mas fazer o time jogar da maneira que a torcida quer não é fácil. Acontecem muitas coisas durante o ano que podem desvirtuar e tirar do caminho desse jogo tão ofensivo.

- Desde que eu vivi 2019, se compara muito com o passado. Por isso que eu falo: é muito importante saber que vamos escrever uma nova história. O futebol vem se reinventando constantemente, se pode ganhar de várias formas. O Flamengo quer ganhar de uma concreta, que é sempre pressionando e atacante o adversário.

- Isso é inegociável, muitas vezes vamos correr riscos exagerados para jogar da forma que a torcida do Flamengo quer. E vamos correr esse risco, eu não tenho medo de correr esse risco porque eu quero que o time pressione e ande para frente. Muitas vezes pode acontecer algo de errado, mas o treinador tem que tomar decisões e ter coragem para isso. Me sinto preparado.

Em algum momento pensou em não aceitar o convite para assumir o time profissional?

- O Flamengo foi me buscar em Madri. Agora eles me vieram me buscar no campo 6, na base. É óbvio que eu vou aceitar, é impossível dizer não para o Flamengo. É um desafio muito importante que não teve nenhum tipo de negociação, porque obviamente estou onde quero estar.

Parte defensiva do Flamengo

- A fase defensiva do Flamengo, na minha visão, não está ruim. O Flamengo vem sofrendo muitos gols de transição e alguns de bola parada. Cada um tem uma forma de defender a bola parada, eu tenho outra, que é a minha forma de defender. Claro que aprendi de experiências de outros treinadores e do que vejo no futebol atual, que vai mudando. A minha forma de defender não é a mesma que eu pensava há dois anos porque as jogadas também vão se atualizando. E pretendo passar isso nos treinos para que a gente possa defender da melhor maneira possível a bola parada e ser uma força, não uma fraqueza.

Passado rubro-negro, preocupação com o escudo e lembranças com avô

- Obviamente que a história que vem se escrevendo é muito linda, mas ela precisa continuar sendo linda, e isso passa por ganhar na quarta-feira. Sou muito agradecido por tudo que vivi até agora e por tudo que fizeram por mim até hoje. Sou muito agradecimento aos meus companheiros e à torcida por tudo que aconteceu até hoje, mas minha história começa de novo na quarta-feira.

- E eu sei que se a gente não ganhar quarta-feira e o time não for bem, é outra história nova. Meu principal objetivo é continuar melhorando minha relação com a torcida com vitórias, não com palavras ou gestos, é com vitória. Esse é o meu foco nesse momento.

O que pensa do rodízio de goleiros e se Matheus Cunha será titular?

- Sobre os goleiros, amanhã às 20h45 sai a escalação, aí vocês vão poder acompanhar.

O que pensa do Corinthians?

- Time muito forte, contra o Fortaleza fez um jogo muito agressivo. Tem um contra-ataque muito forte com o Yuri. Romero e Garro são jogadores muito interessantes, na frente são perigosas. Pressionam de uma forma que é difícil romper a pressão, de sair. E eles vêm melhorando, vêm crescendo no campeonato, principalmente na Copa do Brasil eles parecem ser um time completamente diferente. Esperamos a melhor versão deles porque isso não é novidade: contra o Flamengo todo mundo joga o jogo da vida, isso que é importante. Que a gente se prepare para o jogo da vida.

O treinador Filipe Luís foca mais no esquema mais compactado no 4-4-2 ou prefere mais espaçado no 4-3-3?

- Pode ter certeza que o 4-4-2 do Jorge não é o mesmo 4-4-2 do Filipe ou do Guardiola e nem de ninguém. Ninguém consegue fazer um 4-4-2 igual, cada um tem seus detalhes e peculiaridades que fazem ser diferente. Então o 4-4-2 ou 4-3-3 do Tite ou do Guardiola não serão iguais. Por isso falo: é daqui para frente. É o 4-4-2, 4-3-3 ou 3-4-3 do Filipe Luís. O sistema que a gente for jogar vai muito em função de como vem o adversário para dar vantagem de espaço e tempo para nossos jogadores jogarem. Isso vou analisar de acordo com cada adversário para que eles possam desempenhar e mostrar para eles que juntos, todos seguindo na mesma direção com um modelo de jogo claro, possam explorar a qualidade que eles têm para que ela venha à tona.

Utilização da base

- Primeiro, a base do Flamengo é um espetáculo. Privilégio e prazer trabalhar na base, tem muitos jogadores bons. Gosto do momento. Se é de um jogador ou de outro, não tem idade, cor nem nada. É o melhor. Se tiver 16 anos, vai jogar. Se tiver 40 vai jogar. A vantagem é que conheço do sub-15 até o sub-20 todos os jogadores. Se entrar, eu conheço, já trabalhei com eles e tive experiências únicas. Espero que tenham aprendido e tenham lembranças boas. Muitos deles vão estar aqui, outros não. Futebol é dinâmico, muda de um dia para outro. Como jogador, você dorme pobre e acorda rico. Para eles, é saber que com trabalho e talento, qualquer um daqueles garotos pode estar aqui.

Vai priorizar alguma competição?

- Planejamento é o jogo de amanhã (risos), mas posso avançar que não gosto muito de poupar. Claro que na minha visão que eu entendo por futebol, a gente tem que ir com as melhores peças no momento ideal. Muitas vezes vão se alguns jogadores, outras vezes serão outros pelo momento que vivem, pelo físico que estejam ou por parte mental ou técnica. Por existem mudanças, mas gosto de tratar todas as competições como importantes, mesmo sabendo a dificuldade que esses jogos têm, mas ter bastante jogos na temporada é um privilégio. Isso quer dizer que esse elenco vai mostrar a força dele, porque temos um elenco altamente qualificado. Porque a gente pode repor as peças porque os reservas são do mesmo nível dos titulares. Quando o calendário está apertado, a gente pode ver isso.

Conversou com Tite e se batiam papo quando o treinador estava no clube?

- Primeiro: tenho um carinho gigante pelo Tite, aprendi muito com ele. Fui muito feliz ao lado dele, fomos para uma Copa do Mundo juntos. Tenho respeito enorme, a gente conversava muito semanalmente por causa dos jogadores do sub-20.

- Algumas vezes ele pedia o grupo todo (sub-20) para vir treinar contra o profissional, a gente subia junto, a gente conversava e trocava ideias sobre os garotos e o time.

- Tenho só elogios a ele, não tenho o que falar. E não deixa o time um caos. Ele deixa um grupo querendo, com vontade e incomodado por estar nessa situação. Sou muito agradecido por tudo que ele fez por mim.

- Realmente ocupo um lugar que um treinador deixa. Daqui a um tempo, não sei quanto, espero que muito tempo, outro treinador ocupará esse lugar aqui, e o Flamengo continuará aqui. E ninguém é mais importante do que o Flamengo. Quando eu sento aqui, eu já sei da responsabilidade que tem esse cargo. Só desejar o melhor na carreira dele e agradecer a tudo que ele fez por mim.

Se caiu a ficha

- Não é que caiu a ficha. Sou muito de viver o momento, no próximo jogo. Não sou de "cheguei lá". Não gosto nem que fiquem dando parabéns pelo que conseguiu no passado. Daqui para frente. Vamos pensar no próximo jogo, título. Não posso parar. No futebol se você para, não anda mais. O recado para a torcida é dentro de campo. Posso falar mil coisas aqui. O recado em campo, fazendo o time competitivo na mesma direção.

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