Em entrevista à Rádio Gazeta FM Arapiraca, o advogado do sargento da Polícia Militar (PM) suspeito de assassinar a própria esposa a tiros em um hotel informou que o caso foi suicídio, e não, feminicídio. O crime ocorreu na cidade de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, no dia 20 deste mês. Ele chegou a se apresentar na delegacia com a presença do advogado e foi liberado devido à ausência do flagrante.
Ao chegar ao local, o suspeito disse que estava carregando uma arma de fogo que é registrada no nome dele. Como de costume, ainda de acordo com essa versão, ele tirou o objeto do crime do bolso e deixou em cima da cabeceira da cama.
O advogado contou que, momentos depois, o irmão do suspeito ligou e pediu para que ele fosse atender um pedido para receber uma mercadoria. Quando o PM falou para a companheira que teria que sair para buscar a encomenda, ela insistiu que ele estava indo atrás de mulher, supondo uma traição.
O sargento se deslocou para pegar o pedido e, nesse momento, ouviu um disparo. Segundo o advogado, seu cliente colocou as mãos no bolso e percebeu que havia deixado a arma de fogo no quarto.
Desesperado, ele tentou abrir a porta do apartamento, mas estava trancada. Ao conseguir adentrar, encontrou a mulher sem vida, com a marca de um único tiro, 'a queima roupa'.
Ainda de acordo com essa versão, uma discussão antecedeu o fato. Segundo algumas testemunhas, foi possível ouvir gritos e agitação vindos da voz da mulher.
Por fim, Cícero Pitta ressalta que é importante que haja justiça, mas que os fatos sejam apurados a partir de investigações policiais, ao invés de boatos da população.
"Para quem confirma que foi feminicídio, é importante ir até a polícia e corroborar com o inquérito", falou.
Até o momento, o caso ainda está em andamento.