Enquanto a Capital alagoana luta para preservar a imagem do saudoso escritor e político Graciliano Ramos, onde recentemente foi inaugurada uma estátua em sua homenagem na Praia de Pajuçara, Maceió-AL. A cidade, onde ele foi prefeito e morou por muitos anos, além de ter composto algumas de suas obras, inclusive “Vidas Secas”, que foi lida e vista em salas de cinema em mais de 28 idiomas, não preza pela sua imagem, ou seja, não contribui da mesma forma.

Uma prova disso é o abandono da Biblioteca Municipal Graciliano Ramos e da Casa Museu, que recebe o mesmo nome.

O portal de notícias Estadão Alagoas, vem recebendo várias denúncias de estudantes e frequentadores desses locais, alegando que a biblioteca não tem serviçais, vigilantes, energia elétrica (há mais de 20 dias cortada).

Entre livros sucateados, os funcionários que lá se encontram estão trabalhando de forma precária, além de virem ocorrendo vários arrombamentos e roubos, por não existir vigilância no local há anos, a exemplo de outros locais onde funcionam serviços públicos de Palmeira dos Índios. Por ser um lugar de pesquisas, as bibliotecas, frequentadas por grande número de estudantes que se preparam inclusive para concursos públicos, além do mais é um lugar visitado por turistas quando vêm à cidade e é claro, leva o nome de Graciliano Ramos, um escritor ilustre no cenário nacional e internacional.

A biblioteca e o museu vêm sendo sucateada por falta de cuidado do poder público e administração, que no mínimo deveria cuidar da preservação dos locais em questão.

Já a Casa Museu Graciliano Ramos, só no mês de novembro foi arrombada três vezes quando, na última invasão, levaram até o gela água. Vale salientar que o local não tem vigilante para preservar as relíquias culturais pertencentes à Casa cultural. Daí fica a indignação por parte dos frequentadores, ao constatarem que a cultura palmeirense não está sendo preservada.

A propósito, segundo informações, vale salientar inclusive, que o prefeito James Ribeiro não foi convidado para a inauguração da estátua do “Mestre Graça”, na praia de Pajuçara, Maceió, pelo fato de a família Ramos se declarar indignada com o tratamento que vem sendo dado à Casa Museu que recebe o nome de um dos maiores escritores do país, prédio onde residiu Graciliano.

Onde estaria a preservação da cultura tão respeitada de Palmeira dos Índios?

Com a palavra, o prefeito e os secretários responsáveis pela Educação e a Cultura do Município.

Fonte: Estadão Alagoas.