Foi no município de Major Isidoro, no povoado conhecido como Capelinha, que a equipe responsável pela fiscalização de produtos de origem animal apreendeu a maior quantidade de queijos já feita durante esta 4a etapa da FPI.
Ao todo, foram recolhidos cerca de 400 quilos de queijo coalho. Em um laticínio, que sequer possuía nome, e, no Barbosa, estavam aproximadamente 300 quilos. No J. Lopes, o proprietário confessou que havia retirado 100 quilos de queijo do local e guardado em casa.
Porém, como a tentativa de esconder os produtos se deu recentemente, foi possível flagrar o laticínio ainda com uma quantidade enorme de moscas.
Como não possuíam registros na Adeal e nem responsáveis técnicos, a própria Adeal lavrou auto de infração, termo de apreensão e interditou os três estabelecimentos. O Conselho Regional de Medicina Veterinária também também notificou os comerciantes. Já o IMA e o BPA expediram auto de infração e COP (Comunicado de Ocorrência Policial), respectivamente, por funcionamento de comércio sem devida licença ambiental.
Selo falsificado e data alterada
Novamente a FPI flagrou queijos que estavam com o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) fraudado. No laticínio que não possuía nome, os 200 quilos de queijo coalho estavam com selo de Pernambuco. No local também foram recolhidas centenas de embalagens do suposto laticínio pernambucano, que teria o nome de Capitulino.
E o mesmo estabelecimento também falsificava a data de fabricação do produto. Apreendidos neste dia 19, os queijos estão datados do próximo dia 22.
De acordo com a Adeal, esses queijos precisam ser apreendidos e, as fabriquetas fechadas, para proteger a saúde da população. Alimentos produzidos nessas péssimas condições de higiene podem causar uma série de doenças, a exemplo de brucelose e tuberculose, que provocam até a morte do indivíduo. Diarreias também são muito recorrentes em pessoas que consomem queijo produzido da forma incorreta.
Caatinga transformada em carvão
Um dos primeiros flagrantes da FPI do São Francisco na manhã desta quinta-feira foi feito no Mercadinho e Construção São Caetano, no município de Igaci. Lá, foram apreendidos dezenas de saco de carvão, cujo produto é oriundo de madeira nativa da Caatinga.
"Sabemos que foram espécies da Caatinga porque conhecemos como ficam os pedaços de carvão. É possível identificar pelo formato, pelas marcas de espinhos, espessura e curvatura", explicou Roberto Dantas, fiscal e analista ambiental do Ibama.
Segundo ele, todos os sacos foram apreendidos e o proprietário do estabelecimento foi conduzido à delegacia de Igaci para lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Ainda no mesmo local, a FPI interditou dezenas de frascos de agrotóxicos altamente perigosos. São produtos para combate de ervas daninhas. "Além de não possuir autorização para vender agrotóxicos, o comércio também não possuía licença ambiental e nem registro na Adeal e engenheiro agrônomo. Por isso foi aplicado um auto de infração de R$ 1,7 mil", detalhou Josean Leite, agrônomo da Adeal.