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Alta no preço do feijão está pesando no bolso do consumidor em Alagoas

Alta no preço do feijão está pesando no bolso do consumidor em Alagoas

A alta no preço do feijão desde o início do ano vem pesando no bolso dos consumidores em todo o país. Em Alagoas, o preço do item indispensável para as famílias pode ser encontrado nos supermercados por até R$ 10,90 - o feijão carioca - e R$ 8,19 o feijão preto. Nesse momento difícil, muitas donas de casa têm buscado outras alternativas para fugir do aumento e ainda garantir o alimento na mesa.

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mostra um aumento no preço do feijão causado pela estimativa de menor safra em 2019. A 1ª safra de feijão (de dezembro a março) foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, uma redução de 3,7% frente à estimativa do mês anterior, o que representa 49.467 toneladas. A queda na produção por causa da estiagem atingiu a primeira safra, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, ocasionado a alta.

O economista Rômulo Sales disse que é normal a alta no preço dos produtos quando há quebra na safra, principalmente dos alimentos que estão diretamente ligados às condições climáticas. Segundo ele, havendo melhora na safra, aumenta a oferta do produto, consequentemente, os preços voltam a cair.

A expectativa do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe) é que o preço do feijão possa diminuir a partir da 2ª safra, que possui estimativa de crescimento de 5,7% (61,1 mil toneladas), acompanhando a previsão de aumento no rendimento médio, que foi de 9,8%. A Região Nordeste teve influência nesse resultado, em decorrência dos aumentos nas estimativas de produção de Pernambuco (57,2%), Alagoas (154,2%), Sergipe (339,6%) e Bahia (248,3%).

Com o preço "salgado" do feijão nas prateleiras de muitos supermercados, consumidores têm buscado outras alternativas. O feijão de corda e o feijão verde vem ganhando, cada vez mais, o gosto dos brasileiros. Além disso, a quantidade do produto comprado pelo consumidor está diminuindo.
A dona de casa Fabiana Medeiros disse que o feijão verde está sendo a saída para fugir dos preços elevados. "Tenho optado por feijão verde e fava desde o aumento do feijão. Na feira consigo encontrar por R$ 5 o quilo do feijão verde. É uma alternativa até que o preço caia".

Sales afirma que as feiras livres são os locais onde os consumidores podem encontrar produtos com valores mais acessíveis.

"Pesquisar não é uma boa saída. O consumidor deve comprar onde já sabe que é mais barato, por exemplo, em feiras livres. Lá todos os produtos, não apenas o feijão, são mais barato que nos supermercados. Se for sair pesquisando em vários lugares para comprar só o feijão mais barato, as despesas com locomoção e o tempo gasto sairia mais caro", alerta o economista.

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