Uma nota disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) aponta que, apenas em 2015, 18 casos de microcefalia foram registrados em diversos municípios alagoanos. A informação sobre os casos foi divulgada em meio à incerteza sobre quais são as causas da má-formação no cérebro de recém-nascidos. A discussão tem ganhado força em todo o Nordeste, depois de centenas de crianças virem ao mundo com a anomalia.
De acordo com a nota, após a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (CIEVS/AL) passou a receber notificações oriundas de vários municípios. E os dados apontam que houve um aumento do número (18) de casos, contabilizando-se também os três casos registrados antes da declaração de emergência.
Ainda segundo o texto da nota, os dados mostram que sete casos foram confirmados até 19 de novembro, sendo cinco descobertos em recém-nascidos, enquanto outros dois foram identificados por meio de ultrassonografia. Na sequência, o número subiu para 10 casos até o dia seguinte, sendo cinco da capital, quatro de Santana do Ipanema e um de Canapi, também identificado a partir de ultrassonografia.
Entre os 15 casos identificados após o parto, os números mostram que quatro são da cidade de São José da Tapera (26,7%), seguida de Maceió e Santana do Ipanema, com três casos cada (20%). Em seguida, surgem as cidades de Arapiraca, Chã Preta, Coqueiro Seco, Japaratinga e Pariconha, com um caso cada.
Os três casos informados por profissionais da saúde, a partir do exame de imagem, são oriundos de Arapiraca, Canapi e Girau do Ponciano. Destes, somente o de Arapiraca teve iniciada a investigação, o que deve acontecer também em relação aos demais, a fim de que se saiba mais informações sobre as circunstâncias das ocorrências.
De acordo com a Superintendente de Vigilânica e Saúde da Sesau, Cristina Rocha, nesta terça-feira haverá uma atualização dos dados, o que pode, segundo ela, elevar o número. Ela destacou também que a secretaria está monitorando todas os casos suspeitos.
Uma das hipóteses consideradas pelo Ministério da Saúde é a ligação da microcefalia com as ocorrências do Zika vírus em gestantes. Contudo, ainda não há casos na medicina que comprovem a relação, apesar de pesquisas, entre elas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), constatarem a presença do genoma do vírus em mães que tiveram bebês com microcefalia