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Número de mortos em Brumadinho sobe para 99, e 259 estão desaparecidos

Número de mortos em Brumadinho sobe para 99, e 259 estão desaparecidos

As buscas às vítimas da tragédia provocada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, continuam na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O trabalho de resgate, a partir de agora, deve ser mais intenso, já que a lama está mais seca. As equipes passam a poder usar equipamentos mais pesados, como escavadeiras.
Mais corpos foram encontrados na região do Parque das Cachoeiras, nesta quarta, mas o número oficial ainda não foi informado pelas autoridades. No fim da tarde, o trabalho de buscas chegou a ser suspenso por conta da chuva forte em Brumadinho, mas as atividades foram rapidamente retomadas.

Dos 99 mortos confirmados até agora, 57 já foram identificados, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais. Há ainda 259 desaparecidos. O número de pessoas desalojadas subiu de 135 para 175, segundo o governo de Minas Gerais.
A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da mineradora. A vegetação e rios foram atingidos.
De acordo com o delegado da Polícia Civil Arlen Bahia, os corpos resgatados da lama estão chegando ao Instituto Médico Legal (IML) em estado avançado de decomposição. "Então, a partir daí, principalmente em relação aos segmentos corpóreos, nós temos de montar um quebra-cabeça", afirmou.
Diante da impossibilidade de reconhecimento facial por por impressões digitais, exames odontológicos e de DNA começam a ser feitos para identificação das vítimas.
Segundo o delegado, uma força-tarefa foi montada para agilizar a realização e divulgação desses exames. Ele afirmou ainda que, nesta quarta, o IML está fazendo 35 agendamentos para colher material para exames de arcada dentária e de DNA.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, comentou as dificuldades do trabalho de buscas. "Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos", afirmou. Segundo ele, o fato de o ambiente estar "tomado de lama" torna difícil diferenciar corpos humanos de outras matérias orgânicas ou animais.
"Às vezes, na busca visual no sobrevoo, como a gente tem aquele tom todo monocromático, isso também prejudica. Por isso que a gente utilizou uma série de equipamentos específicos. Os corpos que estavam no nível superficial - já foi feito o trabalho de recuperação deles. Agora entra numa característica mais técnica da operação, que a gente precisa fazer várias escavações."
Desde sábado (26) não são achados sobreviventes. Para os bombeiros, é muito pequena a possibilidade de achar alguém vivo em meio ao mar de lama. O tenente coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil, afirmou ainda que a Vale vai estabelecer sete pontos de acolhimento para as vítimas.
Nesses locais, deve haver psicólogos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Será oferecida alimentação à população presente, e também deve haver atendimento em relação a direitos trabalhistas e questões jurídicas. Todos devem receber transporte para esses locais de acolhimento e para o IML.

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