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Golpe do falso policial! Dados e bens sob risco!

O golpe dos falsos policiais tem se expandido em diferentes países e representa um grande risco por explorar a confiança em autoridades públicas. Casos vêm sendo reportados em países como Holanda, África do Sul, Estados Unidos e também no Brasil, sempre com um padrão semelhante: criminosos se fazem passar por policiais para enganar pessoas, sobretudo idosos, retirando delas bens ou dados sensíveis.

Um caso de grande repercussão ocorreu na Holanda, quando uma viúva de 81 anos perdeu cerca de dez mil euros em dinheiro e jóias após receber uma ligação de supostos policiais que afirmaram que para proteger seus bens, seria necessário entregá-los para a polícia. Os criminosos prepararam o golpe com a coleta prévia de informações pessoais da vítima, incluindo o falecimento do marido, para aumentar a credibilidade da encenação.

Essa modalidade de golpe cresceu de forma assustadora. Na europa, em 2024, foram mais de oito mil registros. Em alguns casos, jovens foram contratados para ir até as casas das vítimas, vestindo jaquetas e distintivos falsos, recolhendo cartões, senhas, bens e dinheiro. A narrativa é sempre de urgência, com tom alarmista, levando a vítima a não raciocinar com calma.

Esse crime se alimenta da exposição de dados pessoais e do uso de engenharia social. Os criminosos acessam dados vazados, consultas a fontes abertas, além de perfis em redes sociais. Esses dados são utilizados para dar credibilidade à narrativa, mencionando nomes de familiares, endereços e até situações reais, como doenças ou lutos recentes.

A proteção de dados é o primeiro passo, pois ações simples, como revisar as configurações de privacidade em redes sociais e evitar publicar podem evitar esse golpe. A colaboração entre empresas de telecomunicações, instituições financeiras e órgãos de segurança é importante, pois Operadoras podem identificar padrões de ligações fraudulentas, bancos podem bloquear transferências suspeitas e autoridades podem disponibilizar canais oficiais de comunicação para que qualquer cidadão possa verificar se realmente está falando com um policial.

Sob a ótica da segurança pública, denunciar rapidamente é fundamental. Toda ligação suspeita deve ser relatada em boletim de ocorrência, acompanhado de detalhes como número utilizado, gravações, prints de mensagens, nomes mencionados e, se possível, fotografias de pessoas ou veículos que tenham ido até a residência. Esse material é importante para a investigação policial. Essas provas aumentam a chance de prisão dos envolvidos e, em alguns casos, possibilita reaver valores desviados.

No Brasil o uso de pessoas uniformizadas não é comum, mas há inúmeros registros de criminosos que se passavam por policiais, delegados ou advogados para enganar as vítimas. Em Sinop, no Mato Grosso, um homem foi preso após fingir ser cabo da Polícia Militar para enganar vendedores em plataformas online. Em Goiânia, uma mulher perdeu 4,5 mil reais após ser convencida por um suposto delegado a transferir dinheiro como fiança para liberar um parente. Já em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, um homem foi preso por se passar por policial federal e aplicar golpes em mulheres. A essência é a mesma: usar a falsa autoridade para manipular a vítima e obter vantagem.

A melhor proteção contra esse tipo de fraude é a informação. Nunca entregar bens, cartões ou senhas a alguém que se apresenta como policial sem verificar a identidade por meio de canais oficiais. Qualquer solicitação por telefone ou mensagem com tom de urgência deve ser encarada com desconfiança. Sempre é bom registrar, denunciar e compartilhar informações. Órgãos públicos precisam reforçar suas políticas de comunicação, e as famílias devem ter conversas sobre riscos e golpes.

Resumindo, Vamos proteger dados pessoais, desconfiar de pedidos urgentes, confirmar por meios oficiais, nunca entregar valores sem confirmação, registrar provas, denunciar às autoridades e ampliar a conscientização. Somente dessa forma será possível reduzir o impacto desse golpe que, infelizmente, tem causado prejuízos financeiros e emocionais profundos às suas vítimas.

Fiquem seguros e só confiem na polícia de verdade!

João Augusto Alexandria de Barros

Diretor de Inteligência do Instituto de Defesa Cibernética

Engenheiro Eletricista e Especialista em Políticas e Estratégias Cibernéticas

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