Giovanna Ewbank com os filhos Zyan, Titi e Bless — Foto: Reprodução/Instagram
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso publicaram um texto nesta sexta-feira (15), em celebração à recém-decisão da Justiça portuguesa que condenou Adélia Barros por racismo. A ação se refere a um caso ocorrido dois anos atrás, quando Bless e Titi (filhos do casal) foram vítimas de racismo em Portugal.
"Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal", diz a nota, postada nos perfis do Instagram de Giovanna e Brunno.
Segundo o jornal Público, Adélia Barros foi condenada pelo Tribunal de Almada a oito meses de prisão. Ela cumprirá em liberdade, contanto que não cometa o mesmo crime durante quatro anos.
"Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude", continua o texto do casal.
Foto postada pelo casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso em celebração à vitória judicial em caso de racismo — Foto: Reprodução/Instagram
"Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo quando estávamos de férias da Costa da Caparica. Sim, o racismo não dá férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica. Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Logo, estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa e somos também gratos aos nossos advogados portugueses Rui Patrício e Catarina Mourão que sempre nos fizeram acreditar que a justiça seria feita."
O texto finaliza dizendo: "Mais uma vez estamos emocionados. Mais uma vez agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e a de nossos amigos portugueses. E mais uma vez devemos dizer que precisamos seguir vigilantes, pois o racismo segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele".
A condenação
Na condenação, o juiz ainda determinou uma indenização de 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil) por danos morais. Segundo o jornal, o valor é pouco menos do que a metade pedida no processo (35 mil euros).
Além disso, Adélia terá que pagar 2500 euros (cerca de R$ 15 mil) para a associação SOS Racismo e se submeter a uma internação para tratamento contra o alcoolismo.
Em agosto, um outro caso de racismo contra Titi foi julgado. A Justiça Federal do Rio condenou a 8 anos e 9 meses de prisão a influenciadora e socialite Dayane Alcântara por injúria racial e racismo. A menina tinha 4 anos em 2017, época dos xingamentos.