
A Covid-19 ainda desafiava médicos quando pesquisadores franceses começaram a investigar por que alguns pacientes evoluíam rapidamente para quadros graves. A pesquisa da Montpellier Cancer Research Institute analisou diferentes amostras biológicas de pessoas infectadas e encontrou um dado importante: quando o RNA do SARS-CoV-2 aparecia no sangue — fenômeno chamado de viremia —, o risco de agravamento aumentava de forma consistente.
O estudo publicado em outubro no Journal of Medical Virology analisou pacientes com quadros leves, moderados e graves e comparou a carga viral encontrada no trato respiratório, no escarro e no plasma.
A presença de RNA viral no sangue foi detectada em uma parcela dos participantes e esteve associada a marcadores que costumam indicar pior evolução, como inflamação mais intensa, queda nos linfócitos e maior necessidade de suporte respiratório.
A pesquisa mostra que a viremia pode refletir um desequilíbrio do organismo no início da infecção. Quando o vírus consegue ultrapassar as vias aéreas e chegar à circulação, tende a desencadear uma resposta inflamatória mais agressiva, o que explica por que esses pacientes têm maior probabilidade de precisar de UTI e ventilação mecânica, além de apresentar maior risco de morte.
A carga viral, portanto, surge como um possível biomarcador para identificar quem precisa de cuidados mais intensos logo nos primeiros dias. Os autores lembram que a presença de RNA viral no sangue ainda não define, sozinha, a conduta clínica.
O estudo aponta associação, não causa direta, e reforça que ainda faltam padronização e testes disponíveis para que essa medição seja usada de forma rotineira.
Antes mesmo de a Câmara votar o projeto, integrantes do governo Lula já dizem apostar no Senado e no STF para mudar o texto do “PL Antifacção” que será aprovado pelos deputados.
O objetivo do Palácio do Planalto e do Ministério da Justiça é tentar retomar o máximo possível — primeiro via senadores e depois via STF — o texto original da proposta enviada pelo governo.
Nos últimos dias, após pressão do mercado financeiro, da Polícia Federal (PF) e do governo, o relator do projeto na Câmara, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), recuou de uma série de pontos.
Derrite recuou, por exemplo, da ideia de equiparar as penas de facções com a de terroristas. Também recuou de um trecho que tirava autonomia da Polícia Federal em investigações nos estados.
Apesar das mudanças, o governo e as lideranças de partidos da esquerda ainda reclamam de alguns pontos do texto e temem que a oposição aprove alterações durante a votação no plenário da Câmara.
Um dos principais temores no Ministério da Justiça é de que o PL de Jair Bolsonaro consiga aprovar emenda com a proposta de classificar as facções criminosas como terroristas.
Cientistas da Universidade Estatal de São Petersburgo, na Rússia, descobriram um fóssil único de uma árvore milenar, cujo sistema radicular apresenta um excelente estado de conservação. A universidade informou que a árvore data do período Devoniano e possui aproximadamente 385 milhões de anos.
Inicialmente, os pesquisadores acreditavam ter encontrado um prototaxite, um organismo pré-histórico com características de árvore, mas classificado entre os fungos. No entanto, durante as escavações, foi descoberto um complexo e extenso sistema de raízes, o que levou à revisão da hipótese inicial.
“Essa descoberta é provavelmente a mais antiga da Planície Europeia Oriental, na qual um sistema radicular tão desenvolvido está diretamente conectado ao tronco principal da planta”, explicou a paleobotânica Anna Liubarova, pesquisadora da universidade.
Para extrair o fóssil, os arqueólogos utilizaram técnicas especializadas de conservação: um secador térmico foi usado para remover a alta umidade contida no fóssil e uma solução estabilizadora foi aplicada para garantir uma melhor preservação.
Os subsequentes estudos do fóssil ajudarão a entender quando surgiram as primeiras plantas lenhosas e qual era sua distribuição na pré-história. Além disso, as pesquisas fornecerão informações cruciais sobre o papel dessas plantas na formação dos solos ancestrais.
Uma rede de hotéis do Rio de Janeiro foi condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) a indenizar uma ex-garçonete por dispensa discriminatória motivada pela cor do seu cabelo.
A decisão, da 3ª Turma do TST, restabeleceu sentença de primeira instância que havia reconhecido o assédio e a perseguição sofrida pela trabalhadora após ela tingir os fios de ruivo e passar a ser humilhada por colegas e superiores.
A funcionária foi contratada em fevereiro de 2016 para atuar no restaurante de uma unidade localizada na Barra da Tijuca. Cinco meses depois, decidiu mudar o visual e pintou o cabelo.
A mudança, porém, provocou uma reação imediata da supervisora e do gerente, que passaram a chamá-la de “curupira”, “água de salsicha” e outros apelidos pejorativos na frente de clientes e colegas.
Segundo o processo, a empresa alegou que exigia apenas “aparência natural” e que a cor adotada pela funcionária violava o padrão visual do hotel.
Apesar disso, a ex-garçonete relatou que outros funcionários tinham cabelos tingidos e não foram punidos, sendo ela a única hostilizada. O ambiente de trabalho se tornou insustentável até que, em junho de 2017, ela foi demitida.
Em 2019, o juízo da 1ª instância condenou o hotel a pagar o equivalente ao dobro dos salários que a trabalhadora receberia desde a demissão até a sentença, além de indenização por danos morais.
A decisão, porém, foi revertida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), que entendeu não haver prova de discriminação.
A trabalhadora recorreu ao TST, onde o ministro José Roberto Pimenta avaliou que a empresa não apresentou motivos legítimos para a demissão e criou “exigências questionáveis e invasivas” sobre a aparência dos empregados.
O relator destacou ainda que o processo comprovou o tratamento humilhante por parte da chefia.
“Ficou evidenciado que a reclamante foi alvo de chacota e exposição vexatória em razão da cor dos cabelos, o que caracteriza discriminação e ofensa à dignidade humana”, escreveu o ministro. Com isso, a sentença original foi restabelecida e a rede de hotéis terá que indenizar a ex-funcionária.
Pesquisadores da Universidade Miguel Hernández de Elche, na Espanha, descobriram que um grupo específico de neurônios da amígdala — região do cérebro ligada às emoções — têm papel direto no surgimento de sintomas de ansiedade, depressão e isolamento social.
O estudo, publicado em junho na revista científica iScience, mostrou que normalizar a atividade desses neurônios foi suficiente para reverter os comportamentos em camundongos.
A pesquisa identificou que os chamados neurônios de disparo regular, localizados na parte centrolateral da amígdala, ficam hiperativos quando há um excesso do gene Grik4, responsável por regular receptores de glutamato — uma substância que transmite sinais entre as células cerebrais. Essa hiperatividade provocou aumento da ansiedade e comportamentos depressivos nos animais.
Quando os cientistas corrigiram a expressão do gene Grik4 apenas em uma parte da amígdala, a função dos neurônios voltou ao normal e os camundongos deixaram de apresentar os sintomas. Outros tipos de neurônios, porém, continuaram disfuncionais, indicando que o efeito é bastante específico.
Segundo os autores, os resultados ajudam a entender como mudanças sutis em circuitos cerebrais emocionais podem causar transtornos como ansiedade e depressão.
Eles acreditam que terapias futuras poderão atuar diretamente nesses neurônios da amígdala, oferecendo um tratamento mais preciso e com menos efeitos colaterais.
Embora o estudo tenha sido feito em animais, os pesquisadores acreditam que o mecanismo pode se repetir em humanos, já que a estrutura e a função da amígdala são semelhantes entre as espécies.
O mercado ilícito no Brasil, impulsionado pelo crime organizado, movimenta cerca de R$ 146,8 bilhões anualmente. O montante faturado com a comercialização ilegal de produtos como combustíveis e lubrificantes, bebidas, ouro e tabaco equivale a mais de três vezes o orçamento anual do Ministério da Educação (MEC), segundo dados estimados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
As informações estão no estudo intitulado Follow the products – rastreamento de produtos e enfrentamento ao crime organizado no Brasil. A publicação aponta os impactos nos setores econômicos em relação às práticas associadas ao contrabando, falsificação, adulteração, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro de organizações criminosas.
Para debater sobre o assunto e levantar possíveis soluções para essa problemática que tem crescido nos últimos anos no país, o portal Metrópoles promoveu, o talk “Economia e Criminalidade: desafios para o crescimento do Brasil“.
O evento ocorreu no mezanino da Torre de TV, em Brasília (DF), e contou com a presença de especialistas no assunto e autoridades de fiscalização e segurança pública. A conversa, também transmitida ao vivo pelo YouTube, foi mediada pelo jornalista Deivid Souza, além da apresentação de Vanessa Oliveira.
Na ocasião, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes reforçou o impacto do crime organizado na economia de países latino-americanos, além de destacar a importância de políticas integradas para combater essa prática no território nacional.
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
“Dados publicados recentemente pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento em 2024 dizem que o impacto econômico direto da criminalidade representa 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) atualmente na América Latina. O equivalente a 80% dos orçamentos públicos da educação e o dobro de gastos da assistência social.”
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal
Para o magistrado, o enfrentamento eficaz do crime organizado depende fundamentalmente da capacidade de identificação e desarticulação das estruturas econômicas dessas organizações. Para isso, é necessário ter uma atuação unificada e intergovernamental.
Gilmar ainda apontou a relevância da atuação do Supremo Tribunal Federal como uma instância articuladora de soluções estruturantes para o combate ao crime organizado. E acredita que o país tem capacidade para enfrentar e acabar com esse sistema que movimenta o mercado ilegal.
Para Mário Luiz Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, só há uma saída para o enfrentamento eficaz da criminalidade organizada: é um Estado absolutamente organizado. Sarrubbo citou a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, como um caminho para esse trabalho articulado.
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Sarrubbo ainda apontou outros trabalhos desenvolvidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e que seguem nessa linha de integração de forças, como a Renocrim – Rede Nacional de Combate às Organizações Criminosas – e a Rede Recupera, que trabalha na desestruturação econômica desses grupos ilegais.
Para ele, um dos grandes problemas enfrentados no país está no combate à prática de lavagem de dinheiro que integra vários setores da economia, como o setor de combustíveis, responsáveis pela maior arrecadação para as organizações criminosas.
Conforme o estudo publicado pelo FBSP, o mercado ilegal de combustíveis movimenta cerca de 13 bilhões de litros por ano no Brasil. Representando 8,7% do mercado total, ou seja, o equivalente a três semanas de abastecimento para mais de 500 milhões de carros.
De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Atlas e Bloomberg, o setor da Segurança Pública é uma das grandes preocupações da população, apontado por 57,8% dos entrevistados. Diante desse cenário, fica evidente a importância de uma atuação assertiva para o combate à criminalidade.
O dado foi abordado pelo Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. O secretário reforçou ainda a atenção no combate ao tráfico de drogas e armas nas fronteiras, além de desenvolver ações para coibir a criminalidade ambiental e a lavagem de dinheiro.
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Representante da força de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar destacou os avanços nesse setor na capital federal. “Em 2012, Brasília estava entre as 50 cidades mais violentas do mundo. O índice de homicídios a cada 100 mil habitantes estava em 31, bem acima da média do Brasil que era de 27”, apontou. “Com a criação das áreas integradas de segurança pública, esse número caiu para 6,9 em 2024.”
Para um debate mais aprofundado sobre a atuação do Estado em relação ao crime organizado e a influência econômica, o evento ainda contou com a presença do Rodolpho Ramazzini, diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação; Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal; e Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Durante a conversa, Emerson Kapaz ressaltou a dificuldade do enfrentamento ao crime organizado, principalmente no setor de combustíveis. “São 80 facções criminosas no Brasil, duas delas, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho (CV) ao nível nacional. E nós estamos cada vez mais reféns desse poder.”
Problemática que está apresentada no estudo do FBSP, mencionando o mercado ilegal de combustíveis como um dos mecanismos que utilizam da adulteração, fraudes fiscais e empresas de fachada para ampliar fontes de receita e promover a lavagem de dinheiro.
De acordo com Kapaz, essas organizações criminosas são ágeis e têm conseguido driblar os mecanismos de fiscalização do governo. Para ele, a parceria público-privada é fundamental.
Para além dos combustíveis, o mercado ilegal tem avançado em praticamente todo o setor produtivo. E a dificuldade de fiscalização é um dos grandes desafios para a retomada do poder econômico.
“No último ano, nós perdemos quase meio trilhão de reais com contrabando, falsificação e sonegação fiscal no mercado de produtos. E grande parte disso está no crime organizado.”
Rodolpho Ramazzini, diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação
De acordo com Rodolpho Ramazzini, uma das alternativas para combater essa prática é utilizar uma tecnologia capaz de identificar a produção legal no país, rastreando o que é produzido e diferenciando do que é ilegal.
Presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima ponderou ainda sobre o impacto dos grupos organizados nos crimes cibernéticos.
“O Brasil passa por uma mudança muito sensível. Estamos vendo os crimes de violência de rua caindo, e crescendo os crimes virtuais e os golpes”, ressaltou.
“Por exemplo, o crime pode acontecer aqui em Brasília, mas o criminoso pode estar em qualquer lugar do país. O que dificulta a investigação. E para lidar com isso, precisamos mudar o tipo de investigação feita atualmente”, defendeu.
A título de comparação, o estudo do FBSP traz um comparativo da receita das organizações criminosas com os crimes patrimoniais físicos e virtuais.
Se a partir de 2022 a receita estimada anual nos mercados de combustíveis, bebidas, cigarros e ouro chegou a aproximadamente R$ 146,8 bilhões, os crimes virtuais e os furtos de celulares geraram uma receita ainda maior, de R$ 186 bilhões para o crime, de julho de 2023 a julho de 2024 (FBSP e Instituto DataFolha, 2024).
O Talk ainda trouxe para debate algumas estratégias para driblar o crime organizado por órgãos de fiscalização.
Como, por exemplo, a criação de um selo especial produzido pelo Inmetro, em parceria com a Casa da Moeda, que permite à população identificar se o produto é confiável ou não.
Essa medida foi apresentada pelo presidente do Inmetro, Márcio André Brito, em resposta ao crescente número de falsificação do selo já existente. De acordo com Brito, o projeto-piloto, que será lançado ainda no primeiro semestre deste ano, engloba três produtos: cilindro de gás, capacete e extintores.
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
“A população vai fazer a foto do selo e vai conversar com um atendente virtual. Dessa forma, é possível identificar se o produto é falsificado ou não”, antecipou o presidente do Inmetro.
Para o setor de bebidas, o professor de Economia e Administração da Universidade de São Paulo José Roberto Savoia sugeriu a reativação do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) como uma solução eficiente para coibir o comércio ilegal.
Implementado pela Receita Federal em 2008, o Sicobe rastreava em tempo real a produção de bebidas, reduzindo sonegação e contrabando, e gerando um aumento de 40% na arrecadação do setor. No primeiro ano de operação, foram R$ 4,5 bilhões adicionados aos cofres públicos.
O sistema consolidou o Brasil como o terceiro maior produtor mundial de bebidas, fortalecendo a economia e mitigando riscos à saúde pública associados ao consumo de produtos do mercado ilícito.
Desde a desativação em 2016, fraudes e sonegação dispararam, gerando perdas fiscais de R$ 78 bilhões entre 2016 e 2022.
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
“Nós identificamos que o Sicobe produziu uma clareza sobre a produção e insumos no Brasil. E com a reativação, pode gerar uma recuperação de receita em R$ 15 bilhões”, pontuou Savoia.
Ex-delegado da Polícia Federal e ex-coordenador da Interpol no Brasil, Jorge Pontes comentou sobre o círculo vicioso que retroalimenta a cadeia do crime organizado.
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
“O crime organizado é atraído pelo mercado com baixa regulamentação. Ele vem em um ciclo, o primeiro é a sonegação, depois vem a pirataria e falsificação, seguido pelo contrabando e lavagem de dinheiro”, detalhou Pontes.
Para ele, a falta de rastreabilidade desses produtos é um dos principais pontos que favorecem a prática criminosa. Pontes ainda alerta para a atuação desses grupos no meio político, na influência que eles têm na região onde atuam.
Em consonância, ficou evidente a importância de uma estratégia mais elaborada e integrada para enfrentar essas organizações. Seja por leis e cooperação entre forças de segurança e agentes públicos-privados.
Não é de hoje que rolam os rumores de que Gugu Liberato era homossexual e que seus filhos foram gerados por inseminação artificial. E Flávio Ricco, colunista do R7 e amigo do apresentador, confirmou as informações.
Durante um bate-papo no Canal Futeboteco, no YouTube, apresentado por Rodolfo Gomes e Felipe Oliveira, o jornalista soltou o verbo, falou sobre a sexualidade e a morte do comunicador e ainda detonou a guerra da família pela herança.
O assunto começou quando eles comentaram a morte de Gugu Liberato e Flávio Ricco recordou que foi o primeiro a saber do acidente: “Recebi dos Estados Unidos, 4 e meia da manhã, que Gugu tinha ido pro hospital em estado grave. O Gugu era meu amigo, vi o Gugu nascer na televisão. Um cara que sempre me tratou maravilhosamente bem, gente boa demais, um cara puro”, elogiou.
O colunista contou, então, que entrou em contato com uma assessora que, primeiro, negou e depois confirmou a informação. Após pedir para que ele não desse a matéria, ela entrou em contato e autorizou a publicação. Ele, então, detalhou o acidente.
“Peguei, dei a notícia. E a verdade, verdadeira, é que ele foi se meter a bacana e consertar o ar-condicionado da casa. Ele saiu da viga e pisou o teto de gesso. Na queda, ele meteu a testa com tudo em uma barra de ferro e caiu no chão”, relatou.
Em seguida, os apresentadores comentaram sobre a briga por dinheiro e o jornalista concordou: “Depois teve aquela briga de filho, mulher, por herança. Um negócio descabido. Ele deixou tanta coisa. No velório já estava um mal-estar, um negócio muito desagradável”, analisou ele.
Ao ser questionado se acredita que Gugu foi pai aos 14 anos, de um homem que exige o DNA, Flávio Ricco foi categórico: “Claro que não. Até porque o Gugu jogava em outro time, não gostava disso. Ele era gay. Teve os filhos por inseminação artificial”, afirmou.
Mais um capítulo do imbróglio da família Liberato surgiu em junho do ano passado. Em uma carta, de 2010, Rose Miriam, viúva de Gugu, reconheceu a homossexualidade do apresentador e chegou a sugerir que poderia curá-lo com “oração e jejum”, já que a sua orientação seria “um problema sério” para ela.
“Esse tipo de conduta sexual sua não vem do teu espírito, isso não é teu. E eu tenho como transformar esse problema”, escreveu. As informações são do portal Em Off.
No texto, Rose ainda destacou que o artista não chegou admitir que era gay: “Aparentemente para você pode não ser um problema, mas é um problema. E muito sério. Sei de muitas coisas sobre seu homossexualismo, já quis saber da sua boca, mas não foi possível porque você nega terrivelmente”.
“Você pode pensar que não gosta de ter relação com mulheres desde a adolescência porque você é assim e nunca vai mudar, mas isso não é verdade. Eu posso conseguir essa mudança definitiva de Deus, orando e jejuando. Só com oração e jejum vou conseguir isso”, prometeu.
Desde a morte de Gugu, em novembro de 2019, os três filhos divergem sobre o casamento dos pais e, principalmente, sobre o testamento deixado por ele. Para Marina e Sofia, a mãe exercia o papel de esposa e, por isso, merece ter a união estável reconhecida. Já para João, não havia relação amorosa entre o casal.
O comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, se disse filho de Gugu Liberato e pediu um teste de DNA para que ele prove a situação. Caso a teoria se confirme, o homem quer a sua parte na herança do apresentador. A novidade foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo a jornalista, os três filhos de Gugu, João Augusto, Marina e Sofia, e a irmã dele, Aparecida, foram avisados de que um oficial de Justiça estava no local para entregar a eles uma intimação.
Na ocasião, eles foram informados de que existe uma ação de investigação de paternidade “post mortem” contra Gugu Liberato. Caso os familiares neguem o pedido de DNA, pede que o corpo do apresentador seja exumado para realização do teste.
Segundo a intimação, a mãe de Ricardo Rocha, identificada como Otacília Gomes da Silva, teria conhecido Gugu Liberato no segundo semestre de 1973, em uma padaria. Trabalhando como babá e empregada em uma casa ao lado do estabelecimento, ela ia diariamente no local. Após conhecer o apresentador, eles passaram a flertar, tiveram uma amizade e, então, um relacionamento íntimo.
Ainda segundo a colunista, em 1974, depois de passar férias com a família para a qual trabalhava no litoral paulista, ela retornou e “constatou a gravidez”. Otacília teria procurado Gugu para informar a novidade, mas ele não teria mais sido encontrado.
Na intimação, foi alegado que Ricardo começou a acompanhar Gugu pela televisão, à distância, no início de sua carreira, mas pensando sempre em procurar o pai no futuro. Com a morte do apresentador e a disputa pela herança, o homem teria decidido buscar seus direitos, movendo a ação de paternidade.
O comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, que afirma ser filho de Gugu Liberato, se pronunciou pela primeira vez após a história se tornar pública. Ele pediu um teste de DNA para comprovar que também é herdeiro do apresentador, que faleceu em novembro de 2019.
Em declaração dada à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o homem demonstrou querer um processo pacífico com os supostos irmãos, João Augusto, Marina e Sofia.
“Espero que todos aceitem, porque fica mais fácil para a família e para mim. A única coisa que quero no momento é o que já está sendo noticiado. Eu entrei com o processo para fazer exame de paternidade e ser reconhecido”, disse ele.
Ricardo Rocha preferiu não expor mais detalhes do processo. “Mais coisas não posso falar, envolve terceiros. É complicado”, completou.
Dos 3,2 milhões de domicílios em situação de insegurança alimentar grave no Brasil, quase metade (46% — que corresponde a 1,5 milhão) é chefiada por pessoas com ensino fundamental incompleto.
Esses dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Segurança Alimentar 2023, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo retrata a condição de segurança alimentar nos domicílios do país, usando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia).
Em 1.473.840 de casas em situação de fome, o responsável pelo domicílio não conseguiu completar o ensino fundamental. Ainda nesse recorte por nível de escolaridade, 679.248 residências (21,2%) são chefiadas por pessoas formadas no ensino médio.
A parcela de domicílios com insegurança alimentar grave lideradas por pessoas sem instrução e com ensino fundamental incompleto ou completo é de 67,4% (2.159.496 casas).
Apenas 92.916 domicílios (2,9%) com insegurança alimentar grave têm responsáveis pela renda da família com ensino superior completo. Na sequência, há 67.284 residências (2,1%) chefiadas por pessoas com ensino superior incompleto.
Dos 3,2 milhões domicílios em situação de fome:
Com isso, a Pnad Contínua mostra que domicílios com responsáveis com baixa escolaridade tendem a ter maior participação na insegurança alimentar. Mas por que isso acontece? O Metrópoles conversou com especialistas para entender os impactos.
Nathalie Beghin, do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), afirma que a baixa escolaridade é “uma das múltiplas causas da fome, pois revela um amplo espectro de outras carências”. “A fome e a miséria são a expressão de falta de Estado, o que resulta na violação de direitos de parte da população, especialmente a empobrecida”, afirma.
“Sem emprego, sem renda ou com pouca renda, não conseguem se alimentar. Ou seja, o analfabetismo ou a baixa escolaridade estão acompanhados de outras carências, uma não vem sem a outra”, explica.
Ela destaca que a situação é “mais grave” entre os grupos populacionais considerados excluídos, como mulheres e pessoas negras. “A combinação do racismo e do patriarcado com a pobreza produz uma fome com cor e sexo.”
Para Beghin, a única forma de superar esse quadro no Brasil é com a aplicação de “políticas públicas de qualidade” nos setores de educação, saúde, assistência social, habitação social, saneamento básico, segurança alimentar e nutricional, entre outras.
Lorena Gonçalves Chaves Medeiros, professora do curso de nutrição do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac), diz que que o nível de escolaridade gera impactos no grau de segurança alimentar, devido à renda, à concorrência dentro do orçamento familiar com outras contas da casa e à falta de conhecimento sobre alimentação saudável.
Segundo a professora, o nível de instrução também é “crucial” para manter uma rotina de cuidado com a própria saúde: “Ter conhecimento sobre hábitos alimentares mais saudáveis proporciona maior autonomia para fazer escolhas alimentares conscientes”.
“Assim, um maior nível de educação não apenas está ligado à renda, mas também influencia diretamente a capacidade das pessoas de fazerem escolhas alimentares que promovam uma vida mais saudável”, afirma.
