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Fiscalização identifica desmatamento em Palmeira dos Índios

A Fiscalização Preventiva Integrada na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) foi até a zona rural de Palmeira dos Índios para averiguar mais uma vítima dos danos ao meio ambiente: os indígenas da etnia Xucuru-Cariri.

A equipe flora comandou a inspeção na região próxima dos índios alagoanos, que acusam um fazendeiro conhecido como João Cuscuz de contaminar a água de uma nascente com o agrotóxico usado em sua plantação. Vital, o recurso hídrico serve de consumo humano à comunidade da aldeia-mãe Serra do Capela. Seus moradores bebem da água, tal como a usa para higiene e irrigação.

Os xucurus-cariri também reivindicam, por meio da Funai, a posse da área de aproximadamente 20 hectares desmatada pelo fazendeiro próximo à nascente para pastagem do gado. Segundo eles, a etnia poderia recuperar a vegetação local.

“Na nossa maloca, vivem 173 famílias em apenas 75 hectares de terra. Temos interesse em revitalizar a mata nativa para garantir os nossos rituais juntos à nascente, que dependem do meio ambiente preservado. Como a sujeira da água daqui também afeta as pessoas da cidade, entendemos que nossa causa é de interesse de todos”, explica o cacique Wakonã Manuel Celestino da Silva.

O analista ambiental do IBAMA e coordenador da equipe flora, Roberto Wagner, notificará o proprietário da terra para que ele apresente a documentação sobre a propriedade, como escritura, cadastro ambiental rural, autorização de supressão vegetal e averbação de reserva legal.

“Como se trata de uma área de ocupação consolidada, o maior problema que encontramos foi o desmatamento ao redor da nascente. A legislação ambiental considera área de preservação permanente toda a região num raio de 50 metros no entorno da fonte de água”, explicou o coordenador, que providenciará pelo IBAMA uma capacitação de educação ambiental para a comunidade reciclar o lixo e praticar a compostagem.

A FPI do São Francisco pode constataar o contraste entre a propriedade do fazendeiro e a terra indígena. Enquanto na primeira a supressão de vegetação nativa predominava, no segundo havia brinco-de-viúva, jaqueira, mangueira, maria-preta, canzenza, araçá, entre outras espécies vegetais.

Com o apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental, a inspeção da equipe flora prosseguiu em outras aldeias da etnia Xucuru-Cariri em Palmeira dos Índios, onde vivem cerca de cinco mil indígenas. A FPI do São Francisco doará a lenha nativa apreendida em uma cerâmica da cidade para o povo originário.

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