A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau/AL) confirmou o primeiro caso da Febre do Oropouche, doença transmitida para o ser humano por mosquitos infectados. A confirmação foi dada na última segunda-feira (8) e divulgada nesta quarta-feira (10) pelo órgão.
O paciente é um homem de 55 anos de Japaratinga, cidade do Litoral Norte de Alagoas.
Segundo a Gerência Estadual de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, o paciente não apresentou complicações clínicas graves. A Sesau e a SMS de Japaratinga continuam investigando, agora, para identificar a origem da transmissão, uma vez que nenhum caso havia sido diagnosticado em Alagoas anteriormente.
Entenda o que é a doença
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Neste sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Segundo o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.
O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça, capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
*Com Sesau e Ministério da Saúde